É fato que o avanço tecnológico
veio favorecer as ações do tornar visível e permitir um certo ‘status’ de valorização social, mas... o que dizer dos
que não estão na media, não acessam as redes e nem intencionam este tipo de
interação social digital. São esquecidos? São invisíveis... Se o valor, o
significado do sujeito e seu reconhecimento social estão relacionados ao seu
nível de visibilidade/popularidade na rede, parece que está havendo um certo grau de desvalorização das pessoas pelo
fato de não estarem conectadas social e digitalmente... Se as redes sociais
digitais favorecem uma contextualização de uma cultura contemporânea a nível
mundial, o que dizer dos que ainda estando tentando conseguir seu espaço, sua
visibilidade a nível local ao buscar uma interação social na escola principalmente,
como é o caso do PROEJA, que nesta performance expunha pelos espaços da escola cartazes
com frases do tipo “também sou IF”.
“Alunos
do Proeja do campus Petrolina expressam-se por meio de performance”.
O que se percebe atualmente que até mesmo os professores que antes não participavam como agentes pois não se faziam participantes da escrita, mas apenas pediam aos alunos que escrevessem suas ‘redações’, agora com as redes o que se vê são sujeitos autores construindo história, quando tanto os alunos quanto os professores têm produzido seus próprios textos, áudios, vídeos, com infinitas possibilidades de participação (fórum,chats). Como foi dito pela escritora, “o ato de exibir-se, ser visto, ser conhecido é algo eminentemente humano”, não se descarta a possibilidade de se ampliar e potencializar a visibilidade do Proeja pelas mídias, através de projetos que valorizem suas ações, suas memórias, narrativas, produções, e condutas da vida acadêmica e profissional.
A intenção primeira na busca
pela visibilidade é tornar público – publicizar – ou seja passar a informação, a
temática ou assuntos diversos para um
maior número de pessoas, na intenção de expor, debater, criticar, discutir ou
até mesmo gerar polêmicas ou consensos. O que o Proeja busca mesmo, alem de
atingir os contextos de esfera pública mediada pelos meios de comunicação do IF (jornais e site) é adquirir
um retorno aquela dimensão de esfera pública das redes sociais, do face a face, onde as informações
circulem através da interlocução presencial entre os sujeitos da comunidade IF,
com relações afetivas que não prescinda da solidariedade, primeiro e verdadeiro
compartilhamento. Os alunos Proeja apenas querem ser vistos pelos funcionários,
pelos alunos do curso superior e demais cursos técnicos, longe de qualquer
excentricidade, busca de exposição, audiência e popularidade ou desejos de
megalomanias... Interessa sim essa vertente de visibilidade de ver e ser visto
concretamente, de ampliar as possibilidades de melhorias na dimensão comunicacional
no espaço em que estão presentes.
Meu caro Watts (2009) o mundo tornou-se mesmo pequeno, porém nem mesmo Baunman em
toda sua longa vida conseguiu 1000 amigos como hoje se constrói numa rede de
relacionamentos, mas a ideia de laços fortes ainda precisa ser construída nesta
nossa realidade não virtual, em que muros ainda são construídos barrando
virtudes. Sem dúvidas são muitas questões que acredito serão esclarecidas nesta
pesquisa/intervenção necessária como um projeto integrador dos alunos do curso
noturno Proeja.
Foto e reportagem de Dionísia, site do IF Sertão.

Muito bacana tua reflexão Dorinha. Agora, por que não potencializar a visibilidade do Proeja com o uso das redes sociais digitais? Tanto a dimensão presencial quanto a virtual são fundamentais hoje.
ResponderExcluirSim. A visibilidade virtual versus a invisibilidade social.
ResponderExcluirLegal. Dorinha